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Peregrinação - Fernão Mendes Pinto
Na «Peregrinação», Fernão Mendes Pinto narra a sua vida, de aventuras e desventuras, e as suas viagens pelo Oriente, ao longo de 21 anos, em relatos de enorme riqueza, com descrições muito pormenorizadas dos povos, das línguas e das terras por onde passou. Estas descrições revelam uma enorme admiração e fascínio pela grandiosidade dessas civilizações. Chega, inclusive, a recorrer a personagens orientais para tecer críticas à cobiça e ambição dos mercadores e militares ocidentais. Por outro lado, no Ocidente da época ninguém acreditava que o Oriente fosse assim tão rico e tão diferente quanto a tradições culturais. Por estes factos, o autor é acusado por muitos de exagero, tendo ficado célebre o dito popular «Fernão, Mentes? Minto!» Hoje é consensual o valor histórico e literário da sua obra, feita de elementos verídicos e de ficção. Suspeita-se que algumas partes dos seus escritos tenham sido destruídas pelos Jesuítas aquando da Inquisição. À época da sua publicação, «Peregrinação» torna-se um sucesso, um pouco por toda a Europa, pelos conhecimentos amplos sobre o Oriente. Nos anos seguintes, teve dezanove edições, em seis línguas.
- Fernão Mendes Pinto | wikipédia
- "Peregrinação": resumo da aventura de Fernão Mendes Pinto | ensina rtp
- "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto | ensina rtp
- As Peregrinações de Fernão Mendes Pinto | ensina rtp
- Fernão Mendes Pinto: desventuras de um português na Ásia | comedores de paisagem
- O dinheiro no tempo de Fernão Mendes Pinto | museu casa da moeda
- A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto (pdf) | Academia de Marinha
- Notas biográficas e estudo das referências documentais de Fernão Mendes Pinto | VEREDAS 20 (Santiago de Compostela, 2013), pp. 9-34
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150 anos da Tabela Periódica dos Elementos Químicos - 1869 a 2019
2019 é o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos. Uma resolução das Nações Unidas e da UNESCO para celebrar a criação de uma das ferramentas mais importantes na história da ciência. Em 1869 Dmitry Mendeleev criou o Sistema Periódico dos Elementos Químicos. Passados 150 anos celebramos a criação da ferramenta que permite prever as propriedades da matéria – na terra, ou em qualquer parte do universo. Numa obra prima, as essências da química, da física, da biologia, e das ciências que delas floresceram, encontram-se reunidas.
Adaptado de Ciência Viva
O que fez Mendeleev?
Mendeleev partiu do trabalho de outros cientistas e organizou a informação num sistema. Este sistema não era uma simples forma de organizar conhecimento. Com ele conseguia prever a forma periódica como se repetiam as propriedades dos elementos químicos. Conseguia saber detalhes dos átomos sem que os elementos tivessem sido descobertos. Deixou espaços em branco, onde fez verdadeira ciência — previu as propriedades dos elementos que os completassem. Fê-lo 25 anos antes da descoberta da primeira partícula atómica, o eletrão. Foram 7 os que postulou com verdadeira eficácia e que só viriam a ser descobertos depois da sua morte. Dmitry Mendeleev morreu sem receber nenhum prémio Nobel, mas acabou por receber uma honra exclusiva. Existem mais de 800 pessoas que receberam um prémio Nobel. Existem apenas 15 pessoas que dão nome a um elemento químico.
Primeiro Elemento
Como se produziu o primeiro elemento em laboratório, há 350 anos
Em 1669 foi pela primeira vez na história isolado e produzido em laboratório um elemento químico, o fósforo. O feito foi conseguido pelo alquimista alemão Henning Brand, que na expectativa de encontrar ouro concentrou e aqueceu a alta temperatura a própria urina. Como resultado o material queimou-se sob uma chama branca e luzidia. Brand não encontrou ouro, mas pela primeira vez na história produziu e isolou um elemento químico. Chamou-lhe “Phosphorus”, que em latim significa o que dá luz. Foram precisos cem anos para que o químico Karl Scheele substituísse este método por outro de produção mais convencional. Em 1855 o fósforo passou a dar nome e função a um objeto que todos conhecemos, seu homónimo. No entanto, pela facilidade de combustão à mínima fricção, o elemento passou da ponta do palito para a lixa, onde se encontra numa versão mais estável para nossa segurança.
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Pedro Nunes e a distância de Lisboa à Índia
Adaptado de Gaspar, J. (2019). Pedro Nunes e a distância de Lisboa à Índia. PÚBLICO.
Em 1547, foi nomeado cosmógrafo-mor do reino, tornando-se responsável pelo padrão cartográfico oficial. Teve então a oportunidade de corrigir o que considerava ser um erro grave no desenho das cartas. E assim o fez, começando por mandar fazer observações astronómicas em Diu, a fim de determinar a sua longitude. O resultado foi um novo padrão em que a distância longitudinal entre Lisboa e a Índia aparece ligeiramente encurtada, tal como num planisfério de Lopo Homem, desenhado em 1554. Uma redução mais drástica, e mais próxima da realidade, teria sido obtida se as observações mandadas fazer por Nunes tivessem melhor qualidade. No entanto, a determinação da longitude através de observações astronómicas estava ainda sujeita, naquela época, a erros consideráveis.
Voltando às queixas de Lopo Homem, por que razão considerava o cartógrafo que as cartas feitas segundo o padrão de Nunes “eram muito desvairadas de toda a verdade e ciência de navegar”? Isto é, que tipo de erros poderia torná-las incompatíveis com as boas práticas de navegação? Certamente não se trataria das distâncias entre os lugares medidas sobre as cartas – em particular, entre Lisboa e a Índia – as quais não eram geralmente de fiar. O problema estava na orientação das linhas de costa, particularmente da costa africana, que já não estava de acordo com as indicações da agulha de marear. Por outras palavras, o novo padrão tinha deixado de respeitar a concordância entre as direcções representadas nas cartas e as que eram medidas pelos pilotos a bordo, uma discordância absolutamente crítica para a segurança da navegação – muito mais do que os erros nas distâncias.
Por volta de 1560, numa nota dirigida ao rei de Portugal, o cartógrafo português Lopo Homem queixa-se asperamente do novo padrão cartográfico oficial, o Padrão del Rei, que tinha sido instituído pelo cosmógrafo-mor, o matemático Pedro Nunes. O Padrão del Rei era o modelo no qual todas as cartas náuticas utilizadas pelos pilotos ao serviço da coroa se deveriam basear. Segundo Lopo Homem, o novo padrão tinha sido preparado utilizando os eclipses do Sol e da Lua para determinar as longitudes dos lugares, mostrando que as distâncias reais de Lisboa à Índia, e também às Ilhas Molucas, eram muito menores do que as representadas nas cartas náuticas. No entanto, e de acordo com o seu testemunho, “todas cartas que por este padrão depois se fizeram […] são muito desvairadas de toda a verdade e ciência de navegar, e em todas as armadas que foram à India se fizeram e aconteceram muito maus recados e más viagens em o navegar por elas e se perderam muitas naus das armadas del rei … E por isto forçados mandam los pilotos e navegantes fazerem suas cartas … a Castela”. Na época em que esta nota foi escrita, os pilotos sabiam perfeitamente que a distância entre Lisboa e a Índia medida nas cartas náuticas estava exagerada. Pedro Nunes já se tinha queixado desse facto cerca de vinte anos antes, no seu Tratado em Defesa da Carta de Marear (1537), atribuindo-o à incompetência dos pilotos, “os quais lançam a direito tudo o que passaram por tantos rodeios, dos quais não podem fugir”. Embora Pedro Nunes estivesse certo quanto à exagerada distância longitudinal entre Lisboa e a Índia, não tinha razão em atribuí-la à incompetência dos pilotos.
Pedro Nunes, o matemático do nónio | ensina rtp
Pedro Nunes (1502-1578) | instituto camões
Pedro Nunes e as voltas da linha de rumo | jornal público
Breve História da Ciência em Portugal | ensina rtp
Dos Estudos Gerais à autonomia universitária | ensina rtp
Pedro Nunes | Wikipédia
Nunes, Pedro | Navegações Portuguesas
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ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DA GOVERNAÇÃO MUNICIPAL
Avaliação dos municípios portugueses de acordo com 22 indicadores de desempenho (ver anexos).
- Apenas 42 dos 308 municípios cumprem na totalidade os requisitos de transparência financeira e de prestação de contas.
- A maioria dos municípios portugueses demora menos de um mês a pagar serviços, material, e equipamento consumido aos seus fornecedores. 50% dos municípios fazem-no em menos de três semanas.
- Apenas 86 dos 308 municípios portugueses realizaram orçamentos participativos e o valor médio de verbas alocadas foi de 3,7% do montante de despesas de capital previstas nos respectivos orçamentos municipais.
- A maioria das autarquias portuguesas garante níveis saudáveis de concorrência em contratos de grande dimensão.
- 253 dos 308 municípios têm menos de dois contratos por empresa.
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Scratch 3.0 - atualização
O Scratch é uma plataforma que pode se apresentar como uma linguagem de programação para crianças, sistema que usa blocos lógicos para realizar ações de todo tipo. Acabam de lançar o Scratch 3.0, uma atualização que agrega algumas funcionalidades novas para que seja possível criar melhores jogos e animações, incluindo arcade ou sistemas tipo minecraft. Nesta nova versão, temos extensões que permitem controlar hardware, assim como, novos blocos de controle. O poder controlar dispositivos reais é fundamental para esta nova era da Internet das coisas, já que será possível criar rotinas usando Scratch para que pequenos robôs reais obedeçam a instruções. É possível usá-lo a partir de celular, tablet ou PC, o que ajuda a aumentar a sua flexibilidade.
No novo editor de programação do Scratch 3.0, podemos adicionar coleções de blocos (o que eles chamam de “extensões”). É possível, por exemplo, ter extensões que permitem programar dispositivos físicos (como kits de robótica para micro: bit e LEGO) e traduzir texto dentro de projetos de rascunho, porém, teremos mais extensões com o tempo. Inclui também dezenas de novos sprites, um editor de som totalmente novo e muitos novos blocos de programação, blocos que podem ser testados no editor online.
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RELIGIÃO E LIBERDADE - tolerância religiosa
Portugal é considerado um exemplo de tolerância religiosa. No país já estão oficialmente registadas mais de 800 confissões e há cada vez menos católicos. Que liberdade religiosa temos? O que nos distingue de outros europeus?
Portugal é um dos países do mundo onde a lei dá mais liberdade às diferentes religiões. Oficialmente estão registadas mais de 830 confissões no país, das quais 80 já podem até celebrar casamentos com equivalência civil. Há cada vez menos católicos e não pára de crescer o número de pessoas que se dizem crentes, mas sem religião. São sobretudo portugueses urbanos, mais novos e com mais estudos. Outras confissões estão a ganhar seguidores, como os budistas, e surgem novas igrejas, como a evangélica Hillsong com concertos pop rock, que atraem cada vez mais jovens, desencantados com as igrejas tradicionais. Mas se nas escolas públicas já se aprende a moral evangélica, nos hospitais, nas prisões ou entre os militares falta ainda regulamentar a assistência religiosa de capelões não católicos.